Elon Musk revela que X reativou conta de propagador de fake news
Elon Musk realizou uma enquete pelo X (antigo Twitter) questionando se Alex Jones, condenado por divulgar fake news, deveria ser reintegrado à rede
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Crédito: Poetra.RH - Shutterstock
“Vox Populi, Vox Dei” (frase em latim para “A voz do povo é a voz de Deus”), escreveu Elon Musk no X (antigo Twitter) ao revelar o resultado da enquete que questionava se o perfil de Alex Jones, controverso teórico da conspiração norte-americano, deveria ser reativado na plataforma. Ele foi banido em 2018 por violar as diretrizes de conduta, disseminando fake news.
Relembre o caso:
Em 14 de dezembro de 2012, ocorreu um tiroteio na escola primária de Sandy Hook, em Newtown, Connecticut, EUA;
Com um rifle e duas pistolas, um atirador invadiu o prédio, matando 26 pessoas, entre estudantes e professores, e se suicidando em seguida;
O teórico da conspiração de extrema-direita Alex Jones ganhou destaque na mídia ao propagar teorias da conspiração sobre o episódio;
Ele foi condenado no ano passado a pagar quase US$1,5 bilhão em indenizações a familiares das vítimas, como resultado de alegações falsas de que seriam atores envolvidos em um falso tiroteio, como parte de um suposto plano do governo para confiscar armas dos cidadãos americanos;
Jones e seu site Infowars foram banidos do Twitter;
Isso aconteceu logo após a remoção de seus podcasts e canais por parte da Apple, YouTube e Facebook, citando padrões da comunidade;
Elon Musk, o novo dono da plataforma agora chamada X fez uma enquete entre os usuários e anunciou que o perfil do propagador de fake news condenado será reativado.
Alex Jones, controverso teórico da conspiração de extrema-direita dos EUA, foi banido do Twitter em 2018. Ele volta à plataforma após enquete realizada por Elon Musk, atual dono da rede social agora chamada de X. Crédito: Vic Hinterlang – Shutterstock
Além de divulgar fake news, Jones ajudou a organizar a invasão ao Capitólio
Cerca de dois milhões de votos foram contabilizados, com aproximadamente 70% apoiando o retorno de Jones, cinco anos após a exclusão.
Desde que Musk adquiriu a plataforma, em outubro de 2022, ele tem restabelecido contas anteriormente suspensas, incluindo a do ex-presidente dos EUA, Donald Trump – retorno que também foi precedido por uma enquete entre os usuários.
Trump foi banido depois que o então Twitter determinou que ele usou postagens nas redes sociais para ajudar a incitar a invasão ao Capitólio, em 6 de janeiro de 2021. Embora os usuários tenham votado a favor de sua reintegração, o ex-presidente fez apenas uma postagem desde que foi autorizado a voltar.
A comissão especial do Congresso encarregada de investigar os ataques descobriu que Jones ajudou a organizar o evento.
