A Organização das Nações Unidas (ONU), divulgou um relatório nesta quinta-feira (30), onde estima que 2023 seja o ano mais quente já registrado e afirma que a humanidade caminha para um colapso climático.
“Os gases de efeito estufa estão em níveis recordes. As temperaturas globais estão batendo recordes. O mar está em níveis recordes e a camada de gelo marinho da Antártica nunca foi tão fina”, disse o chefe da Organização Meteorológica Mundial (OMM), órgão da ONU, Petteri Taalas.
O recorde mensal de temperatura global foi mais uma vez quebrado em outubro, dando continuidade a uma longa série de temperaturas extraordinárias na superfície terrestre e oceânica e baixo nível de gelo marinho
OMM
Outubro foi o quinto mês seguido com recordes de temperaturas globais. O documento completo deve ser divulgado durante a abertura da COP-28, conferência das Nações Unidas sobre as mudanças climáticas, que começa justamente nesta quinta, em Dubai, nos Emirados Árabes.
Nos últimos meses a ONU já havia alertado sobre a possibilidade de 2023 se tornar o ano mais quente já visto. O caso também não é isolado, já que os últimos oito anos formam o período mais quente da história.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou que estes recordes de temperatura deveriam “fazer os líderes mundiais suarem frio”. “Isto é mais do que apenas estatísticas”, completou ainda Taalas. “Corremos o risco de perder a corrida para salvar nossas geleiras e frear o aumento do nível do mar”, disse ele.
Além do recorde climático, o documento afirma também que outubro foi o sexto mês seguido em que o gelo marinho da Antártida ficou abaixo do padrão para a época do ano. No último mês, os números mostram a menor extensão de gelo para outubro registrada nos últimos 45 anos.